GAFES E FATOS CÔMICOS

Parte 4

Eôlo Cesar de Oliveira era Redator e Secretário da Rádio Clube Paranaense. Como ele gostava de futebol e naquela época os radialistas faziam de tudo um pouco, conta-se que um dia ele foi transmitir um jogo importante. Na hora, bateu o nervoso e a inexperiência falou alto. Dizem que ele narrou mais ou menos assim:
"E vem o time de lá. Está avançando. E vem com a bola. Entraram na área do time de cá. O jogador vai chutar... chutou... e é gol do time de lá". Segundo consta, foi só essa vez que o Eôlo transmitiu um jogo como narrador. Ele preferiu fazer comentários.

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Eu ainda trabalhava na Rádio Marumby, "a Emissora das iniciativas".
Estávamos estreando os "Walk-Talk" que eram uma grande novidade. Grandes e pesadíssimos, eram úteis e cansativos. A nossa equipe de esportes foi transmitir um jogo no Estádio "Durival de Brito". Seria a inauguração dos refletores desse Estádio num jogo contra o "Estudiantes de la Plata" (se não me engano). Eu gostava de futebol e pedi ao narrador Carlos Alberto Moro para ir junto com a equipe. Lá estando, o jogo perto de começar, o repórter de campo Martins Rebelatto ainda não havia chegado. O Carlos Alberto não teve dúvidas e me mandou com o pesado microfone para ficar ao lado de um gol. Quando o jogo começou eu comecei a tremer. Eu não sabia os nomes dos jogadores. De repente, para meu desespero, um escanteio bem no lado em que eu estava e o narrador comandou: "É com você, Ubiratan!" E quem disse que eu falei alguma coisa. Carlos Alberto insistiu: "vai daí, Ubiratan!" Silêncio total, congelei, fiquei travado e nada falei. Eu estava lá, perdido sob a neblina que havia naquela noite e não sabia o que fazer. Por sorte, não demorou a chegar o Martins Rebellato e assumiu o posto. E eu nunca mais me meti a transmitir futebol.

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Em 1.990 a equipe de Lombardi Júnior foi à Itália transmitir a Copa do Mundo. Eu já havia pedido demissão da Bedois, pois queria atender um pouco mais a minha Agência de Propaganda, mas resolvi seguir com a turma. Bolei um programa e convidei o Léo Pereira para juntos produzirmos e apresentarmos o mesmo. Demos o nome de "O OUTRO LADO DA COPA". E lá fomos nós para Turim, onde estava a seleção brasileira. Sob o comando do experiente Lombardi Júnior, a equipe era composta por oito pessoas entre narradores, repórteres, comentaristas e nós. Chegamos à noite e na manhã seguinte fomos ao Centro de Imprensa onde fomos fotografados, apresentamos nossos documentos, preenchemos requisições a fim de obter credenciais que permitiriam a nossa participação e usufruir as vantagens conferidas aos profissionais da comunicação.
Tudo feito, recebemos alguns brindes e fomos embora. Na saída, em meio a um corredor estreito, alguém emitiu um malcheiroso pum. O Lombardi, indignado, esbravejou:
"Pomba Sidney, foi você! Que falta de consideração!"
E o Sidney Campos, injuriado respondeu:
"Gozado... Nós viemos em oito pra cá, por que você acha que só eu que trouxe o c... ?"

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O Élson Faxina havia ingressado a pouco tempo na Bedois. Mais afeito a redigir para jornais e revistas um dia ele deixou, para o Locutor Noticiarista ler, uma cópia do texto que também iria aproveitar num jornal em que trabalhava. Tudo bem, só que no texto para ser lido na rádio o encerramento era assim: "Na foto abaixo algumas das pessoas presentes na manifestação". E o locutor leu.

 

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Jacinto Cunha, o primeiro locutor do Rádio paranaense, contou-me certa vez que em 1.943, participando das comemorações dos 250 anos de Curitiba, a Rádio Clube Paranaense transmitiu uma série de palestras alusivas à data. No dia 22 de março, iniciando a série, falou o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, o eminente historiador paranaense Romário Martins.

Jacinto Cunha

Jacinto explicou que a luz acesa indicava que o microfone estava ligado e que, após falar, ele esperasse sem fazer ruídos até a luz apagar.

Tudo bem, disse Romário.
Após a apresentação feita por Jacinto Cunha, Romário Martins começou a falar. Nervoso, errou diversas vezes e teve que repetir as palavras. Ao terminar sua exposição, Romário Martins, irritado com ele mesmo, olhou para Jacinto Cunha e batendo com a mão espalmada sobre a mesa disse:
"Jacinto, essa palestra saiu uma merda!"
Jacinto ficou branco; a lâmpada ainda estava acesa.
Para ter uma idéia do efeito do acontecimento naquela época em que palavras de calão eram inadmissíveis, imagine que causou mais escândalo do que causaria hoje um homem, em plena luz do dia, desfilando nu na "Boca Maldita" em Curitiba.

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Sérgio Fraga

Em seu programa de auditório Sérgio Fraga ao anunciar o cantor Escovinha - o rei da bossa, saiu com esta:
"E agora, para o aplauso de nosso auditório, Escovinha - o rei da bosta!
O reinado de Escovinha foi por água abaixo... ou esgoto abaixo.
O Fraga ficou vermelho e o público não parava de gargalhar.


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Moacir Amaral

Coisa parecida fez o Moacir Amaral que apresentava um programa de auditório juntamente com o Mano Bastos. O Moacir entrava primeiro e , em seguida, anunciava o seu companheiro. Certa vez, a apresentação saiu assim:
"E agora, com vocês, Maaaaano Bosta!"
Mais gargalhadas da platéia e o Mano louco da vida.


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Mais uma do Sérgio Fraga. Anunciando um restaurante especialista em galetos, ao dizer o prato do dia ele falou:
"Galenta com polinha." Percebendo o erro, corrigiu dizendo "Polinha com galenta." Aí desistiu. Ele queria dizer galinha com polenta.

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Mário Vendramel

Houve um marechal russo cujo nome causou inúmeras dificuldades aos Locutores Noticiaristas, prejudicando a apresentação dos informativos das emissoras. Na Bedois, por mais de uma vez o noticiário terminou mais cedo porque os seus apresentadores, Mário Vendramel e Sérgio Fraga, não conseguiam conter o riso. O nome do marechal era Fedorenko e o Mário, por mais que se esforçasse para ler corretamente, sempre dizia "fedorento", acabando com o noticiário.

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