Recordações
- Capítulo 3 -
Após pedir demissão
da Rádio Marumby e já no prazo de aviso prévio
acordado com a Emissora, no entardecer de um certo dia fui até
o Bar do Radialista fazer um lanche. Ficava a poucos metros da
Bedois e da Guairacá, na Rua Barão do Rio Branco.
O Abdo, seu proprietário, veio conversar comigo. Logo em
seguida chegou o Mário Vendramel e ficamos batendo papo.
Quando o Mário soube que eu estava saindo da Rádio
Marumby e que ainda não tinha um novo prefixo para trabalhar,
já pensou em me levar para a Bedois. Era o que eu queria.
Ele me falou:
- Você espera aqui um pouquinho,
eu vou até a Rádio e já volto.
Não demorou estava de volta,
acompanhado pelo Sérgio Fraga, que era o Locutor Chefe
da Rádio Clube. Ali mesmo foi acertado o meu contrato e
estabelecida a data da minha estréia: 1° de setembro
de 1.957. Com a aquiescência dos dirigentes de ambas as
emissoras, trabalhei nas duas até o final do prazo de aviso
prévio.
Mário e eu nos tornamos
amigos e ele me convidou para apresentar em parceria o programa
"Calouros Bedois". Nossa sociedade também prevalecia
na parte comercial. Saíamos juntos para angariar patrocinadores
e rachávamos as comissões.
Fiz amizade, também, com o Sérgio Fraga, com o Moacir
Amaral e o Hugo Cunha. O número de amigos foi aumentando
e bem depressa eu me senti em casa.
Na sequência,
apresentei o meu programa "Ciranda Infantil" e o Mário
Vendramel lançou o seu "Expresso das Quintas".
Fizemos nova sociedade para lançar o programa "Carrossel
de Atrações". Levei ao ar o meu programa "Festival
na Antena". Todos esses programas eram apresentados no auditório.
Em resumo, minha carreira na Bedois
foi assim:
1° de setembro de 1.957.
Comecei na Rádio Clube Paranaense como Locutor Coadjuvante.
1º de outubro de 1.957.
Após trabalhar durante um mês,
passei de Locutor Coadjuvante para Locutor Anunciador.
15 de janeiro de 1.958.
Com quatro meses e quinze dias atuando em
minha nova emissora, Jacinto Cunha nomeou-me Diretor Artístico.
15 de julho de 1960.
Jacinto Cunha, após tantos anos dedicados à emissora,
achou que era hora de se aposentar. Para responder pelas suas
funções fui nomeado Assistente da Superintendência
da Rádio Clube Paranaense, em ato do Dr. Ruy Carvalho Santos
que era o Diretor Superintendente.
12 de setembro de 1.961.
Assumi como Diretor Superintendente, nomeado pelo Dr. Ruy C. Santos,
que assumira a Presidência da Bedois.
22 de outubro de 1.968.
Os novos proprietários da Rádio Clube rescindiram
o meu contrato de trabalho.
1° de outubro de 1.973.
Voltei à Bedois contratado para o cargo de Diretor Gerente.
A emissora já pertencia à Fundação
Nossa Senhora do Rocio e formava a sua primeira equipe. Trabalhei
até 20 de maio de 1.976 quando mais
uma vez deixei a Rádio Clube Paranaense, voltando a batalhar
na minha Agência de Propaganda.
1° de agosto de 1.981.
Novamente fui trabalhar na Bedois, assumindo como Diretor Gerente.
Permaneci na Rádio Clube até
o final de 1.991.
Eu achava que já tinha feito
o que estava ao meu alcance e que era hora de uma renovação
nessa Emissora em que atuei durante uma grande parte da minha
vida. Desejava, também, dedicar-me um pouco mais à
Santa Lúcia Propaganda, a Agência que eu havia fundado
em 1.968 e da qual era sócio.
Após mais de um ano da apresentação do meu
pedido de demissão, fui liberado e deixei a Bedois. Indiquei
para substituir-me um grande companheiro de luta, o Diretor Artístico
Jurandir Ambonatti que já havia demonstrado sua competência.
Ele, no entanto, preferiu continuar em sua função.
Assumiu o comando o Padre Aleixo, que era Diretor da Fundação
Nossa Senhora do Rocio e Ecônomo da Cúria Metropolitana,
e para seu assistente foi nomeado Geraldo Jury.
Por estar estreitamente ligado
à história da Rádio Clube, o período
da minha carreira em que estive nessa emissora é narrado
neste site, na Seção História do Rádio
Paranaense, a partir do Capítulo 4.
Aqui, contarei outras ocorrências que lá não
se encontram.
Capítulo 4
Em preparação.
|