UM
POUCO DA HISTÓRIA DA RÁDIO CLUBE PARANAENSE
Ubiratan Lustosa
- Capítulo 3 -
Desde o início de suas atividades a Rádio Clube Paranaense foi
uma grande apoiadora dos talentos paranaenses. Na década de
trinta, entre outros valores, podemos citar o “Trio Paranaense”,
integrado por René Devrene, Charlote Franck e Bianca Bianchi,
um trio que apresentava música clássica para o encanto dos ouvintes.
Faziam sucesso, também, os “Irmãos Paschoal” e Antonio Melilo.
O nosso cantor de tangos era Azevedo Trilha, mais tarde promotor
público em Santa Catarina. José Maria era cantor e locutor.
Jacinto Cunha, "o primeiro locutor do Paraná",
no início de sua carreira radiofônica, foi discotecário, programador,
locutor apresentador, locutor esportivo, redator, cronista e
cantor. Foi até “crooner” da Orquestra Manon, usando o pseudônimo
de “Carioca”.
Alice Xavier foi a primeira locutora do rádio
paranaense e talvez a pioneira do Brasil. Ela atuou na Rádio
Clube nos anos de 1931 a 1933. Foi uma agradável novidade
para os ouvintes a primeira voz feminina a fazer locução
na emissora.
Na mesma época, era locutor Ênio Marques Viana.
Ele e Alice Xavier anunciavam os nomes das músicas que
eram solicitadas pelos ouvintes.
Outros nomes dessa época pioneira talvez sejam
lembrados por quem ler estas páginas. Ficaremos gratos se fizerem
contato conosco para incluirmos os mesmos neste resumo histórico.
Em 28 de junho de 1939, Epaminondas Santos assumia a presidência
da Rádio Clube, sendo 1º Vice-Presidente Eurípedes Garcez do
Nascimento e 2º Vice Pedro Demeterco.
Em 20 de agosto de 1945 o que era um clube
de rádio passou a ser uma sociedade comercial. Iniciava-se a
busca oficializada de anunciantes e patrocinadores que passaram
a ser o sustentáculo da radiofonia no Brasil.
* * * * *
No tempo em que não havia emissoras de televisão em Curitiba,
o rádio exercia um papel quase exclusivo no lazer do nosso povo,
só dividindo essa tarefa com o cinema, na época em grande evidência,
e com outras poucas diversões menos cotadas.
A Rádio Clube Paranaense, popularmente chamada de “Bedois”,
além dos valores locais que apresentava, trazia grandes artistas
do Rio de Janeiro e de São Paulo e, até com certa freqüência,
proporcionava espetáculos com valores internacionais.
Basta dizer que coube à Rádio Clube a primazia de trazer a Curitiba,
para um espetáculo no Teatro Guaíra - na época ainda em construção
– a extraordinária cantora peruana Yma Sumac. Verdadeiro fenômeno
vocal, Yma alcançava agudos jamais imaginados para a voz humana,
descendo a graves impressionantes, superando a alemã Erna Sack
na extensão de sua voz maravilhosa.
Yma
Sumac
As orquestras internacionais “Casino de Sevilla”
e “Suspiros de España”, o “Coro Russo de Dimitri Avramenko”,
o balé espanhol de Angel Pericet, são outros exemplos dessa
movimentação artística.
Balé
Espanhol de Angel Pericet
O palco auditório da Bedois estava sempre lotado
para as apresentações dos cantores, conjuntos vocais, solistas
instrumentais, humoristas e orquestras, sob a direção de apresentadores
que eram muito queridos pelo público espectador. A Clube possuía,
além de um excelente Conjunto Regional, um pianista e uma orquestra
para acompanhar os cantores. Havia uma outra orquestra, regida
pelo Maestro Trinco, que apresentava exclusivamente música saudosista,
com um grande e selecionado repertório de valsas, chorinhos,
polcas e maxixes dos velhos tempos.
O elenco de radio teatro, comandado pelo eficiente e saudoso
Ivo Ferro, competia com os melhores do Brasil. A Bedois chegou
a ter treze novelas no ar, com uma invejável audiência na Capital
e no interior do Estado.
Ivo Ferro
Foram, certamente, anos de ouro!
O advento da Televisão fez com que o Rádio se encolhesse, até
mesmo se acovardasse. Muita gente, erroneamente, achava que
era o fim do Rádio. Ninguém iria supor que as emissoras de TV,
em função dos elevadíssimos custos de manutenção, acabassem
por se tornar apenas repetidoras das grandes emissoras dos nossos
maiores centros, relegando a plano secundário, a quase nada,
as programações locais. Isso fez com que se perdessem as características
regionais, dificultando-se o surgimento de valores artísticos
locais. A massificação fez com que os costumes, especialmente
do Rio de Janeiro, fossem adotados pelo restante do Brasil.
Até palavras que usávamos foram substituídas por outras, de
outras regiões. A nossa raia passou a ser pipa ou papagaio.
A setra ficou sendo estilingue, e a gíria que usamos hoje vem
de fora. Pouco a pouco, as cidades perderam parte da sua identidade,
as populações falando, vestindo e agindo como se fala, veste
e age nos maiores centros. Isso, contudo, é assunto para um
estudo mais profundo ao qual não se propõe este trabalho.
- Capítulo 4 -
Nos anos 40 a Rádio Clube Paranaense
passou por uma grande fase. Usufruindo de uma exclusividade
que permaneceu até 1946, quando foi fundada a Rádio
Marumby, a Bedois era dona da audiência cativa de nosso
povo. A concorrência, criada pela "Emissora das Iniciativas",
foi aumentada quando em 1947 foi fundada a Rádio Guairacá,
em 1949 a Rádio Emissora Paranaense e em 1955 a Rádio
Colombo.
Nessa década os programas de auditório
tiveram uma grande expansão. O desejo de entretenimento
e a procura por espetáculos que caracterizaram o início
dos anos 40, aumentaram ainda mais com o término da Segunda
Guerra Mundial. Depois de tanta tensão o povo queria
diversão. A Bedois soube atender a esse anseio popular.
Além dos valores locais, apresentavam-se
no auditório os artistas que vinham para shows no Cassino
Ahú. Dentre as atrações nacionais algumas
foram Orlando Silva, Carlos Galhardo, Dolores Durand, Ataulfo
Alves, Araci de Almeida, Silvio Caldas, Dalva de Oliveira, Jorge
Veiga, Yara Sales e Heber de Bôscoli, Odete Amaral, Isaurinha
Garcia e Linda Batista. Entre os astros internacionais vale
lembrar Tito Schipa, Pedro Vargas e Gregorio Barrios. O grande
incentivador dessas apresentações era Jacinto
Cunha que, mesmo anos depois, após deixar a parte artística
para se dedicar completamente ao cargo de Gerente da Rádio
Clube, interferia com entusiasmo e prestigiava os artistas nacionais
e internacionais.
Orlando
Silva
|
Silvio
Caldas
|
Dolores
Duran
|
Yara
Sales e
Heber de Boscoli
|
Ataufo
Alves
|
Jorge
Veiga
|
Odete
Amaral
|
Já brilhavam, também, excelentes
artistas locais, alguns surgidos a partir de 1947. Tiveram fama
Dora Lissa, Zezé Ribas, Higina Bochino, Iracema Celli,
Adelino Fressato, Zilda "la mexicanita", Enéas
Passos ("o príncipe do ritmo"), a dupla Irmãs
Passos, a acordeonista Wilse Araújo, as sopranos Lúcia
Cecília Kubis e Claudete Ruffino.
Para acompanhar os cantores a Bedois contou
com a Orquestra do Maestro Augusto Antonello, com a Orquestra
do Maestro Pirulito, com o pianista Athaide Zeike e com o Regional
B-2, sob o comando de Janguito do Rosário. Já
se apresentava, também, a Orquestra do Maestro Vitor
Trinco que se especializou em músicas dos velhos tempos.
Os locutores famosos dessa época foram
Jacinto Cunha, Lóris de Souza, Arthur de Souza e Wilson
Martins.
Enéas
Passos
|
Wilse
Araújo
|
Lucia
Cecilia Kubis
|
Irmãs Passos
|
|
Já no primeiro lustro dos anos 50 outros valores foram
surgindo na produção e apresentação
de programas. Eis alguns dos que tiveram destaque: Graça Guimarães,
que foi Diretor Artístico e Diretor de Radioteatro, antecedendo
Mano Bastos e Ivo Ferro, respectivamente, Heitor Guimarães,
Hairton Goulart, Paulo de Avelar, Itané Carneiro Leão,
Haroldo de Andrade, Brasil Borba, Leal de Souza, Morais Fernandes,
Carlos Afonso e Helenita de Alencar.
ARY FONTOURA
Ary Fontoura, o consagrado ator do teatro e do cinema, presença marcante em
tantas telenovelas de sucesso da Rede Globo de Televisão, também deixou o brilho
de seu talento na Rádio Clube Paranaense. Quando lhe perguntei sobre sua
passagem nessa emissora, em sua cativante simplicidade ele me disse:
- Na verdade, minha passagem pela PRB2 foi muito rápida. Fiz, durante algum
tempo, um programa de perguntas e respostas chamado “Você me conhece?”,
juntamente com o elenco sob a direção de Graça Guimarães. Ele viera de
Porto Alegre, onde atuava na Farroupilha. Era diretor artistico da Bedois. Fiz
algumas participações rápidas junto com Zazá Maia, Esly Yara, Telmo Faria,
Sinval Martins e muitos outros.
Logo após,
fui contratado pelo Ronald Stresser para formar o elenco de radioteatro da Rádio
Colombo. Fui bem sucedido e o resultado foi magnífico, pois com isso abrimos uma
concorrência saudável que só valorizou os atores locais.
Ary Fontoura com dez anos cantava nos programas infantis
da Rádio Clube Paranaense. E pra quem não sabe: ele tem músicas gravadas. (Foto da Internet)
Nos anos 50 começou a grande batalha
pela audiência. Com a extraordinária popularidade
da Bedois e o excelente rádio que a Guairacá apresentava,
a Rádio Marumby, que tinha os transmissores menos potentes
e não desfrutava do apoio das verbas oficiais, teve que
batalhar muito para se manter na crista da onda. Antes de me
transferir para a Rádio Clube eu fui Diretor Artístico
e depois Gerente da "Emissora das Iniciativas" e por
isso participei dessa luta. Muito aprendi e adquiri muita experiência
nessa emissora que revelou tantos valores para o nosso Rádio.
MINHA VIVÊNCIA NA RÁDIO CLUBE PARANAENSE.
1º de setembro de 1957. Nesse dia Carlos
Baptista, membro da diretoria da Rádio Clube Paranaense,
assinou o meu contrato de trabalho como Locutor Coadjuvante
dessa emissora. Um mês depois passei a Locutor Anunciador.
Daí para a frente, por muitos anos e sem que eu percebesse,
a minha vida profissional ficou estreitamente ligada à
história da Bedois.
Quando comecei na "Emissora Líder
do Paraná", o proprietário era o Sr. Epaminondas
Santos e Diretor Superintendente o seu filho Dr. Rui Carvalho
Santos. Já estavam na Bedois, oferecendo o brilho do
seu talento, Jacinto Cunha (Gerente),
Ione Peixoto (Chefe da Tesouraria), Dr. Hugo Cunha (Diretor
do Departamento Técnico), Eolo Cesar de Oliveira (Diretor
Secretário e Redator), Mano Bastos (Diretor Artístico),
Moacir Amaral (Diretor Comercial), Dr. Pedro Stenghel Guimarães
(Diretor do Departamento Esportivo), Ivo Ferro (Diretor de Radioteatro),
Paulo de Avelar (Produtor e depois Diretor de Broadcasting)
e Sergio Fraga (Locutor Chefe).
A Rádio Clube já transmitia em
Ondas Médias e Ondas Curtas de 25 e 49 metros. Anos depois,
fui um dos batalhadores para conseguir a licença e realizar
a instalação da Onda Curta de 31 metros.
Muitas coisas, que deixarei de contar aqui,
serão narradas na Seção "AUTOR"
desde site.
Rui
Carvalho Santos
|
Epaminondas Santos
|
|
Jacinto Cunha
|
No meu início na Bedois, Arthur de Souza
já dominava a audiência das manhãs com a
"REVISTA MATINAL". Mario Vendramel apresentava noticiários
e programas de auditório, participando também
das novelas e das transmissões esportivas.
Aos domingos, Souza Moreno comandava com
sucesso o seu programa infantil "CINEAC RÁDIO",
no período da manhã. É importante destacar
as crônicas escritas por seu irmão Envar Salomão.
À noite, o sucesso era do "PROGRAMA SÉRGIO
FRAGA". Ambos lotavam o auditório.
Nessa época, Athaide Zeike continuava
sendo o pianista que acompanhava os cantores em suas apresentações.
Claudete Rufino era a cantora lírica
que, com sua bela voz, elogiável técnica e admirável
talento, dava um toque erudito à
programação.
Lúcia Cecília Kubis, também
soprano, era outra cantora de renome e grande talento integrando
o elenco da Bedois e encantando os ouvintes com suas interpretações.
O chefe do "Regional B-2" era Janguito
do Rosário, depois substituído por Efigênio
Goulart. Mais tarde veio o popular Zé Pequeno (José
Coelho Filho) para chefiar esse conjunto.
Sobre os cantores da Bedois falaremos mais no
Capítulo 5.
O RADIOTEATRO.
O radioteatro sempre foi um dos fatores exponenciais
da audiência da Bedois.
A Rádio Clube já apresentava
diversas novelas com a equipe de radioteatro comandada por Ivo
Ferro. Lourdes Maria era a grande estrela. Depois, foi aumentando
o número de radioatores e aumentaram, também,
os horários de radioteatro, chegando a treze novelas
no ar simultaneamente.
Teatro da Meia-Noite
Hoje, recordando os meus colegas do final da
década de 50 e de quase toda a década de 60, eu
fico emocionado ao lembrar como era grande o amor que tínhamos
pela nossa profissão, e como era imensa a nossa dedicação
pela Rádio Clube Paranaense.
Certa vez, Ivo Ferro e eu comentávamos sobre a nossa
programação. Sabíamos que tínhamos
um horário morto, sem nenhum programa expressivo que
pudesse conseguir audiência. Era o horário da meia-noite
às quatro horas da manhã. Já tínhamos,
ambos, serviço de sobra para ocupar o nosso dia e parte
da noite mas, mesmo assim, resolvemos criar um teatro de terror
para preencher aquele espaço. Demos o nome de TEATRO
DA MEIA-NOITE. Decidimos fazer um revezamento na tarefa de escrever
as radiofonizações. Aproveitávamos muitas
narrativas enviadas por carta pelos ouvintes, mas também
inventávamos muita coisa. A apresentação
era ao vivo, à meia-noite. Usávamos muita sonoplastia,
com uivos, gemidos, ranger de portas, gargalhadas e gritos de
horror, trovoadas, vinhetas musicais fortes, uma parafernália
de sons para impressionar os ouvintes. Os próprios radioatores
ficavam arrepiados durante a interpretação. A
chamada era feita assim: "Se você tem coração
forte, está convidado para ouvir o Teatro da Meia-Noite.
Fatos reais, radiofonizados por Ivo Ferro e Ubiratan Lustosa
e interpretados pelo nosso elenco de radioteatro. Hoje, à
meia-noite... só para quem tem nervos de aço!"
Numa noite o Ivo Ferro contava o causo "O Homem do Pé
Redondo", na outra noite eu atacava com "A Mula Sem
Cabeça". O Ivo vinha com "O Grito do Lobisomem"
e eu respondia com "A Mansão das Almas Penadas".
E assim por diante, numa amigável competição
de causos aterrorizantes.
Uma noite, após a apresentação, fui comer
um sanduíche no Bar Minhom e depois peguei um táxi
para ir para casa. Sem saber quem eu era, o chofer me contou
o caso que tinha ouvido no rádio. Era o que eu havia
escrito e tínhamos apresentado naquela noite. Ele fez
alguns acréscimos e confesso que deixou minha história
bem mais impressionante.
Havia um gaiato que trabalhava num posto de gasolina, perto
do Passeio Público, que deixava o serviço de alto-falantes
a todo volume para retransmitir os nossos causos de terror...
com todos os seus uivos e gemidos. Aquilo repercutia na madrugada.
A vizinhança, assustada, certa vez deu parte na polícia.
Tudo ia bem, até que um dia o Rolff Mário, nosso
Sonoplasta, disse ao Ivo que não iria mais trabalhar
à meia-noite mesmo que isso ocasionasse a sua demissão.
Acontece que ao ir para casa após a apresentação,
a cidade deserta, ele tinha que caminhar a pé um bom
trecho ladeando o Cemitério Municipal. Qualquer ruído
o assustava. Seu sistema nervoso não estava aguentando
a tensão. Como ele era fundamental para o sucesso do
programa, passamos a gravar após a novela das oito.
O nosso "Teatro da Meia-Noite" fez
sucesso e marcou época.
Nesse período de 1950 até próximo ao final
da década de 60, muitos foram os participantes do radioteatro
da Bedois. Dentre tantos valores comandados por Ivo Ferro, lembramos
de Lourdes Maria, Cordeiro Junior, Sinval Martins, Felix Miranda,
Elaine Grácia, Leal de Souza, Maria Cristina, Mario Vendramel,
Bóris Musialowski, Lourdes Bergmann, Moacir Amaral, Odelair
Rodrigues, Jaime Castelar, Claudete Baroni, Hamilton Correia,
Ilka Pinheiro, Telmo Faria, Dora Ely, José Basso, Rosana
França, Mauricio Távora, Aracy Pedroso, Wander
Machado, Isa Machado, Marly Terezinha, Manoel Muzillo, Arilda
Ribas, Homero Ferro, Sileide Costa, Edson D'Ávila, Delcy
D'Ávila, Demerval Costa, Zilda Rebello, Danilo Aveleda,
Zazá Maia, Aristides Teixeira, Gina Gracia, Yara Regina,
Hugo Duarte, Lala Schneider, Chacon Júnior, Cícero
Gomes, Clóvis Aquino, Teide Marques, Contim Mendes, Júlio
Pires, Diana Macklovia, Roberto Menghini, Fernando Fanucchi,
Alceu Honório, Luiz Nivaldo Maciel e Rubens Rollo entre
outros.
Para os ensaios, em geral realizados 30 minutos antes do capítulo
da novela ir ao ar, Ivo Ferro contava com a participação
eficaz de Sinval Martins e Felix Miranda, ambos artistas excelentes
e profissionais exemplares.
Por muito tempo Orlando José Weber foi
o narrador oficial, com atuação marcante. Outras
expressões da narração foram Irene Morais
e Yara Vilar que também atuavam como radioatrizes.
Na Contra-Regra salientou-se Rogério
Camargo e depois participaram, também, Edson Luiz e Jurandir
Bergman.
A Sonoplastia por muitos anos esteve a cargo
do talentoso Rolf Mario. Atuaram, posteriormente, os também
competentes Eulâmpio Viana, Agni Guimarães, Paulo
Alberti e Luiz Nivaldo Maciel.
Só como exemplo, eis a relação
das oito novelas ( depois, chegamos a treze) apresentadas em
março de 1959:
"Cabocla Linda", de Dulce Santucci
- terças, quintas e sábados, às 8h30m.
Patrocínio do Biotônico Fontoura.
"Abismos insondáveis", de Alvaro Rocha - terças,
quintas e sábados, às 10h30m. Patrocínio
Cia. Gessy.
"Sempre te amei", de Nara Navarro - segundas, quartas
e sextas, às 10h30m. Patrocínio da Casa Star.
"Maria Inês", de Nara Navarro, de segunda a
sábado, às 13h05m. Patrocínio do Regulador
Xavier.
"Segue teu caminho", de Carlos Silva - segundas, quartas
e sextas, às 14h35m. Patrocínio da Maizena Duryea.
"Braços vazios", de Nara Navarro - segundas,
quartas e sextas, às 16h. Patrocínio de Kolynos.
"A menina do veleiro azul", de Ivani Ribeiro - segundas,
quartas e sextas, às 17h. Patrocínio do Sabonete
Lever.
"Juramento", de Nara Navarro - terças, quintas
e sábados, às 20h05m. Patrocínio da Casa
das Fábricas.
Duas coisas chamam a atenção:
o volume de trabalho dos nossos radioatores e como o radioteatro
era prestigiado pelos anunciantes nacionais.
Ivo
Ferro
|
Lourdes
Maria
|
Cordeiro
Jr
|
Sinval
Martins
|
Felix
Miranda
|
Elaine
Gracia
|
Leal
de Souza
|
Maria
Cristina
|
Mario
Vendramel
|
Boris
Musialowski
|
Moacir Amaral
|
Lourdes
Bergmann
|
Odelair
Rodrigues
|
Jayme
Castelar
|
Claudete Baroni
|
Ilka
Pinheiro
|
Telmo
Faria
|
Dora
Ely
|
José
Basso
|
Rosana
França
|
Mauricio
Távora
|
Aracy
Pedroso
|
Isa Machado
|
Wander Machado
|
Marly
Terezinha
|
Manoel
Muzillo
|
Arilda
Ribas
|
Homero
Ferro
|
Edson
D'Ávila
|
Delcy
D'Ávila
|
Demerval
Costa
|
Zilda
Rebelo
|
Zaza
Maia
|
Eulâmpio
Viana
|
Gina
Gracia
|
Yara
Regina
|
Lala
Schneider
|
Chacon
Junior
|
Clóvis Aquino
|
Teide
Marques
|
Julio
Pires
|
Paulo
Alberti
|
Jurandir
Bergmann
|
Roberto
Menghini
|
Fernando
Fanucchi
|
Alceu
Honório
|
Luiz
Nivaldo Maciel
|
Rubens
Rollo
|
Orlando
Jose Weber
|
Irene
Morais
|
Rogerio
Camargo
|
Rolf
Mario
|
Atores Radionovela
|
* * * * *
Quando deixei a Gerência da Rádio
Marumby, emissora onde atuei durante nove anos, para assumir
na Rádio Clube como Locutor Coadjuvante, muita gente
achou que eu estava cometendo um erro. Em pouco tempo, felizmente,
ficou provado que eu estava certo.
Tão logo ingressei na Bedois comecei a apresentar meu
programa de auditório "Ciranda Infantil" com
a participação de toda a equipe que atuava comigo
na Rádio Marumby. Veio, também, Isis Rocha, com
quem eu havia fundado o "Teatrinho Marumby" que passou
a ser "Teatro Infantil Paranaense" (Vide a seção
"TEATRO", deste site).
Lancei meu programa, "FESTIVAL NA ANTENA", também
de auditório. Passei a atuar no programa "Calouros
Bedois", juntamente com Mario Vendramel, e ambos resolvemos
lançar juntos um novo programa de auditório. Demos
o nome de "CARROSSEL DE ATRAÇÕES". Com
a colaboração de Sebastião Lima, trouxemos
diversos músicos recém-integrados na nova banda
da Base Aérea de Curitiba e formamos a nossa orquestra
que depois passou a se chamar "Orquestra 14 BIS".
O programa foi um sucesso.
Essa atividade chamou a atenção de Jacinto Cunha
que gostou do meu trabalho e propiciou a minha ascensão
profissional na Rádio Clube Paranaense.
|
Mário
Vendramel, Ubiratan Lustosa e Ewaldo Nascimento no
"CARROSSEL DE ATRAÇÕES"
|
Capitulos
5 e 6
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