CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA


Ubiratan Lustosa

 

Apesar de alguns avanços já obtidos por entidades que lutam pela preservação da natureza,
não obstante o trabalho das autoridades e a criação de órgãos públicos especializados no estudo, divulgação e prática da ecologia,
mesmo com tantas ocorrências servindo de alerta para o fato de que estamos destruindo a vida na terra,
apesar de tudo isso ainda se desrespeita, com chocante irresponsabilidade, o nosso meio ambiente.
Por isso, é imperioso que se crie uma consciência ecológica capaz de refrear a mão criminosa que derruba árvores indiscriminadamente e mata animais por mero prazer,
que consiga evitar a poluição do ar, dos rios e dos mares.
Ainda que a punição dos infratores sirva como advertência e exemplo, apenas isso não soluciona o problema. É preciso educar a população sobre o respeito que devemos à natureza e a necessidade de serem cumpridas as suas leis.
É preciso deixar muito claro que é imprescindível a preservação da terra em que vivemos e que temos o dever de entregar aos nossos filhos, aos nossos netos, a todos os que virão depois de nós, um planeta onde se tenha condição de viver.
O que se vê, ainda, é uma insensibilidade que dói profundamente.
Árvores são derrubadas até mesmo nas cabeceiras e nas margens dos rios, causando o seu assoreamento.
Em nome do progresso, provoca-se a mudança climática, desregula-se o ciclo das chuvas, ocasiona-se o aumento da velocidade dos ventos. Polui-se o rio, envenena-se a água, mata-se o peixe. Tantos crimes são praticados contra a natureza que a gente não sabe se é ignorância ou ganância o que mais nos prejudica.
É preciso, então, que todos nos associemos àqueles que gritam contra as agressões à natureza, que batalham pela preservação do meio ambiente, propugnando pela salvação desse bem supremo que recebemos como dádiva de extraordinário valor e que temos a obrigação de resguardar para as gerações futuras:
esse maravilhoso planeta em que vivemos.

Do nosso comportamento de hoje depende a terra que nossos descendentes terão amanhã.
Terão?

Do livro "Nosso Encontro com Ubiratan Lustosa".
Instituto Memória Editora.